Vida leve

Uma piscadinha, uma brincadeira

Um olhar terno e um sorriso

Fazer da vida uma poesia

Alegria demonstrada

No restaurante uma canção eu assobiava

Todos me olhavam, não entendi,

 até parece que eu fumava.

Sexo oral com a canibal

Mais que adrenalina

Uma coragem descomunal

Arriscar ficar sem pau

O chato é você

Será que todo mundo tá chato

Será que é mesmo um complô

Não, você é que perdeu o sabor!

Passado presente que sufoca

Tudo muda, o mundo gira

Novas vidas, novas pessoas

Por que estou preso ao que vivi?

Fim

Acabou, não dá pra continuar

Restos não dão para reciclar

Jogue fora – recomeçar

Ah, sem essa de irmãozinho

Amor fraternal um cacete

Eu te amo de forma passional

Sexo desejo – pacote completo

Ilusão não, amor!

Sem amores; cem ilusões

Cem amores; cem ilusões.

Um único amor; sem ilusão, Amor!

Só eu não percebia

Será que era premeditado?

Já tinha hora de partida?

Eu eternizando, ela maquinando o fim

Amante

Sou casado, você me quer

Tudo bem, mas aceite seu lugar

Restos de espermas e de tempo

Insônia doída

Gosto de escrever é verdade

É alta madrugada, deveria estar dormindo

Isso não é literatura, é fuga!

A fonte secou

Sede saciada na sua boca

Boca que não mais me pertence

Últimas palavras de um desidratado

Ela não era só bonita

Ela era altruísta, alma doce, era boa

Não perdi uma mulher, perdi um anjo

Quero o céu, quero a mesma nuvem dela

Eu amava muito, como pôde?

Foi tanto amor, tanta intensidade

Era muito sentimento compartilhado

Como ela pôde ter esquecido?

Escalada

Dedos passeando pelos seus seios everestes

Subindo, deixando pra depois o descer

Alcançar seu monte de vênus - chegar no vale do prazer

Doação total

Ousadia cega de lhe tocar

Você completamente vencida

Entrega-me o corpo em braile

Tranqüilizante

Um dia, zé....pam!

Esqueceram de me dar o remédio.

Foi massa, cara.

Vivi a ilusão perdida,

Dei os beijos negados,

Soltei os gritos contidos.

Quem sabe de novo um dia, zé...pam!

Do remédio eles tornem a esquecer

E de novo eu volte a viver.

Prisão

 Piu piu piu....

Na gaiola canta o passarinho

E embalado no canto

O homem ignora

Que a melodia bonita

Não passa de um

“Me solte” em cada piu.

Passam noites, passam dias
Madrugadas não são vazias
Povoadas de você, faço poesias
A posse do seu corpo eu posso esperar
Eu te amo de todas as formas
Um dia você poderá

Temporal de amor

Eu, Nuvem-carregada

Embalada pelo vento do seu desejo

Chegarei até aí

Transbordarei, derramarei

Chuvas de amores cairão sobre você

Declarando

Palavras se formando

Declarações veementes

Em cada letra

Em cada sílaba

Impressões da alma

Versos formados

Denúncia

Expressão fascinante

Poesia de amor

Depuração

Solidariedade hoje não

Hoje me deixa chorar

Deixa-me desabar

Amanhã eu finjo estar bem, tá bom?

amores idos, amores vindos

sofrimento, alegria

história pra contar

Completude

Ser dois num só

Fundir corpo e alma

Apaixonar

Viver o amor maior

Unificar

Vida maravilhosa

Estadia plena

Paraíso na terra

O céu pode esperar

Valeu sim

Sentir rejeitado porque?

Muito pelo contrário

Sinto honrado da tentativa dela

tentou encontrar em mim o amor que procurava

Amor é amor

Sexo é sexo, amor é amor

Você é você, eu sou eu,

Mas eu com você sou mais, sou melhor

Sexo com amor não é só orgasmo

Sexo assim é esplendor

Não queria mais acordar

Ouço ainda seu choro de menina

Palmadas de mentirinha

Seu silêncio, seu olhar

Pegava você no colo

Não queria mais acordar

Concreto

Amor é meu tijolo,

Paixão é meu cimento.

Se não for para morar numa casa assim,

Prefiro morar no relento.

Acabou

Paixão passageira

Agressiva, verdadeira

Dissipou

acabou

Chorei

Mas quer saber?

Valeu

Merecimento

Pudesse lhe dar a jóia mais cara do mundo

Pudesse por o mundo aos seus pés

Pudesse tudo que você quisesse

Eu sei que você não pede nada

Você só ama, você enobrece

Mas, ah, se eu pudesse tudo, você merece!