Salve os
Loucos
De
repente, um dia, fique apático, com o sono alterado e triste, completamente sem
vontade e me sentindo no caos.
(Fui
considerado invisível, porque simplesmente ninguém me viu)
De outra
vez, fiquei super-excitado, eufórico em demasia e muito alegre.
(Fui
considerado um extravagante, um louco, um monstro e um perigo social)
Para não
desagradar os outros, entrei em conflito comigo mesmo e perdi o vínculo com
toda a verdade, acabando por me tornar um fantoche. Por ter consciência dessa
minha vulnerabilidade acabei por ter vontade de fumar uma maconha, cheirar uma
cocaína ou qualquer outra droga que me livrasse dessa covardia
(Fui
considerado um doente mental que precisava de um manicômio)
Para
evitar ser prisioneiro de um hospital e de medicamentos que me dopavam mais do
que a própria droga, me refugiei num mundo particular e fui obrigado a negar
todas as realidades externas e não interessei por mais ninguém.
(Fui
considerado um ser normal, porque dobrei á canga do conformismo)
Já fui
excepcionalmente feliz um dia, mas essa minha profundidade em ser feliz agrediu
a sociedade arbitrária e hipócrita que me reprimiu e me chamou de depressivo,
psicótico, neurótico, paranoico, esquizofrênico e fora dos padrões do que se
considerava normal.
Pudesse
eu, novamente, ter uma recaída e nunca mais voltar ao que chamam por aí de
‘normal’ e ser de novo um feliz débil mental.
Salve os
loucos!