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sábado, 9 de maio de 2015

Eu, insignificante

um olhar terno e sensível
mas que não se fixa em mim
uma boca sensual e risonha
mas que não me beija nunca
um cabelo sedoso e brilhante
mas que não emaranha aos meus
uma pele que reluz em cada poro
mas que não cola na minha
braços meigos e poderosos
mas que não me apertam num abraço
peitos de peras todo empenadinhos
mas que não acendem por mim.
ela, ser imprescindível, meu desejo
eu, “gente boa”, seu nada.