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domingo, 7 de junho de 2015

 Fragilidade

Sinceramente, não sei ao certo o que se passa comigo. É como se eu estivesse me perdendo aos poucos. Uma sensação de fracasso, frustração e perda dos sentidos da minha existência. Eu não consigo mais me sentir. Preciso de tanta coisa imaterial, sabe? Estou perdido, sem foco, como se tivesse caminhando num labirinto. Eu queria saber cantar, ou atuar, ou jogar basquete, ou escrever, ou dançar, ou discursar... ou o que for, pra me apoiar nisso e me refugiar dessa dor que sinto. Sinto-me deslocado nos lugares, como uma baleia na terra, que precisa aprender a respirar pra ser aceita e compreendida.
Bom emprego, carteira de motorista, graduação, boa imagem pessoal, falar inglês, desenvoltura nos lugares... não almejo nada disso. Eu queria uma outra coisa que não sei explicar. E a realidade esfrega na minha cara que esses exemplos que citei são sim importantes pra eu conquistar o respeito e admiração junto às pessoas do meu convívio. Admiro você que me lê e encara tudo isso de uma forma equilibrada, consciente e racional. E sabe que conquistar tudo isso não quer dizer nada, no sentido de isso te prejudicar no plano ideológico. Consegue separar muito bem essa convenção à sua busca pessoal e a felicidade que não está (diretamente) relacionada a essas conquistas citadas. Tenho tantos medos... medo inclusive de não ser a pessoa que uma mulher mereça. Não tenho sido uma pessoa leve, animada, divertida, encantadora, especial. Tenho sido ácido depressivo egoísta, etc. Eu não tenho sido o que realmente sou.

Desculpe minha confusão, mas tenho uma necessidade que nenhuma análise racional seria capaz de explicar. Tenho mais um medo, o de me arrepender de voltar dessa viagem interior e de me sentir um idiota maior. De voltar pior.
Eu sempre gostei de ficar só, mas a solidão veio forte, veio a saudade dos amores vividos. Eu me enganava achando que estava livre, quando na verdade, eu fiquei preso na falsa liberdade.

Quero uma mulher de novo, as suas palavras, expressões, seu abraço, sua força, até suas broncas, sabe? Queria me sentir amado. Mais do que sinto agora, distante. Sentir literalmente esse amor. Tenho medo também do universo pregar uma peça em mim. Dessa dor que sinto ser radicalizada com a morte. Não sei o quanto mais vou sofrer com essa dificuldade que tenho de superar essa dor, a esperança está no amor que sinto.