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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Soneto de um caipira urbano 

Lua cheia na roça, fogão de lenha, uma franga a cozinhar, 
Nós ali, juntinhos, sozinhos, na varanda a beijar, 
Enquanto na cozinha uma velha panela não para de chiar, 
Imitando com perfeição o mesmo barulho das ondas do mar. 

Lua cheia na roça, noite clara, espetáculo da natureza. 
Uma sensação de paz de espírito e de um sonho realizar. 
No vaivém da rede a balançar um abraço com firmeza e 
a crença de que aquele momento pudesse se eternizar. 

Lua cheia na roça, noite linda, induzindo ao céu, olhar. 
Um carinho, um abraço, mais um beijo... 
Tudo lá. 

Depois, o ombro amigo, um cigarro de palha a pitar, 
Uma piada da cidade e um frango caipira para revigorar. 
Ah, como é gostoso, na lua cheia da roça, sonhar e amar!