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sexta-feira, 5 de junho de 2015

 Medo

Criastes uma muralha diante de ti, fugindo dos homens. Não conseguistes extrair deles nenhum sabor e, por falta de algo que te anime, irritou-se contra todos, e isolou-se do mundo. Por horror à indiferença humana, isolou-se do sentido da vida. Covarde! Não passas de um covarde! Ao invés de renunciar a tudo, você deveria ter agido! Se tudo estava por ser refeito, se tudo estava morno e triste, você acabou de esfriar com sua renúncia e fuga. Se tudo estava abandonado, pelo menos restava a sua vontade. Talvez tudo poderia ressurgir a partir de suas energias. Deverias ter sido o pioneiro. Não! Você procurou o seu lugar, o seu refúgio, o seu mundo. Despertai, ó indigno! Não desperdice tempo e vida. Arrebentai a muralha que tu próprio construíste e torne-se livre para ainda encontrar tempo suficiente para ajudar um irmão, para se ajudar. Esse mundo é maravilhoso e o espera para que junto como os seus semelhantes, assumam o amor que está hibernado e que pode ser despertado por um gesto simples de solidariedade, gesto esse que pode se transformar ou numa grande amizade, ou num grande amor. É, no mínimo, a primeira condição para isso acontecer. Despertai e praticai esse gesto e verás que se manifestará uma satisfação interior tão grande, no ato desse reencontro, que nunca mais temerás mais nada.